quinta-feira, 3 de julho de 2014

Planeta Curioso: Copa Sustentável

A Copa do Mundo de 2014 está rolando, e faltam apenas 10 dias para a grande final do maior espetáculo esportivo do mundo. O Planeta Curioso chama sua atenção para o Brasil, que desde o início das obras dos estádios, tem se destacado quando o assunto é sustentabilidade.
Usar a água da chuva para irrigar o gramado, caminhões de limpeza movidos por biodiesel e energia solar para alimentar os refletores de iluminação: estas são algumas das práticas sustentáveis que estão sendo usadas nos estádios da Copa de 2014. O conceito de desenvolvimento sustentável está nos 12 estádios do mundial, os quais preencheram os requisitos para conseguir o selo verde de sustentabilidade.

Aqui do lado, uai!

Reformado para a Copa do Mundo de 2014, o Mineirão foi o primeiro estádio brasileiro a receber o Selo Platinum do U. S. Green Building Council (USGBC), categoria máxima na certificação Leadership in Energy and Environmental Design (LEED). A arena de Belo Horizonte cumpriu oito pré-requisitos e ainda apresentou várias inovações sustentáveis que não eram exigidas pelo órgão.
O estádio do Mineirão reciclou 90% dos resíduos gerados durante a reforma. Como a fachada do estádio foi preservada, deixou-se de produzir bastante entulho. As mais de 50 mil cadeiras foram doadas para ginásios e campos de futebol, toda a parte metálica foi reciclada alem de ter sido usado um método para reciclar a água usada na obra. As madeiras retiradas do entorno foram reaproveitadas por artesãos mineiros na produção de arte popular.

Desde o período de reforma, foi implantado o sistema de coleta seletiva, utilizada até hoje no dia a dia do estádio e em dias de jogos. Outra iniciativa em prol do meio ambiente foi a construção de reservatórios com capacidade de armazenamento de 5 milhões de litros de água das chuvas. O processo gera uma redução de até 70% no consumo de água do estádio. O Mineirão conta também com restritores de mictórios, torneiras e chuveiros, que diminuem o consumo cerca de 10% no volume de água utilizado nos banheiros.
Além disso, uma usina fotovoltaica foi instalada na cobertura do estádio, capaz de captar energia solar e transformá-la em energia elétrica. A iluminação do estádio tem como características a alta eficiência e o baixo consumo, com sistema elétrico inteligente.
A usina do Mineirão é, segundo a Cemig, o primeiro empreendimento desse porte no Brasil e a maior instalação de energia solar em operação no país. A construção de todo o sistema é invisível aos olhos do torcedor, respeitando a arquitetura do estádio, que é tombada pelo patrimônio histórico.
"A certificação do Mineirão com o LEED Platinum é o reconhecimento dos esforços de todas as instâncias governamentais e de todos os envolvidos na preparação do Brasil para a Copa do Mundo. Desde o começo das obras, ninguém se descuidou de trabalhar para que o impacto sobre o meio ambiente fosse minimizado com o maior uso possível de técnicas de sustentabilidade. O resultado desse esforço é que o Mineirão é, também, uma enorme usina com cobertura solar, capaz de gerar ate 1,4 MW. Esse mesmo esforço garantiu certificações de sustentabilidade às Fonte Nova, Arena da Amazônia, Arena Pernambuco, Maracanã e Castelão", afirmou o ministro do Esporte, Aldo Rebelo.
“Uma das nossas maiores preocupações sempre foi o compromisso com o meio ambiente, então fazemos tudo voltado para a eficiência energética e não poluidora. Essa foi uma vitória, pois o novo Mineirão foi todo pensado em cima da consciência ambiental”, comemora Otávio Góes , gerente de Tecnologia da Minas Arena, consórcio responsável pela reforma do Mineirão e pela operação do estádio por 25 anos.
Usina Solar instalada na cobertura do Mineirão.


Edificações Sustentáveis


Hoje o Brasil já é o quinto país com maior número de projetos de edificações sustentáveis do planeta. Temos no país um significativo número alcançado dessa certificação LEED. As novas arenas contribuíram muito para que essa posição de destaque fosse alcançada.

A LEED é o selo verde supremo para reconhecer construções sustentáveis. Não é fácil conquistá-lo. Os critérios exigidos pela USGBC são rígidos e englobam os parâmetros econômico, social e ambiental. Utilizada em 143 países, essa certificação avalia, entre outros, detalhes como a minimização de prejuízos socioambientais no entorno das construções, a economia de água, a utilização de novos materiais e de fontes de energia alternativas.
 
“À medida que os olhos do mundo caem sobre o Brasil, estes projetos estão demonstrando não só a aplicabilidade e a adaptabilidade do sistema de classificação do LEED no mundo inteiro, mas também a posição de liderança do país na vanguarda do movimento para construções sustentáveis de alta performance”, reconheceu Rick Fedrizzi, CEO e presidente fundador da USGBC, esta semana.

Para atingir o nível de qualidade desejável foi preciso muito treinamento pessoal envolvido na construção e administração das arenas. Segundo o site da FIFA, um workshop foi lançado em agosto do ano passado para aumentar o conhecimento sobre as operações sustentáveis nas arenas.
Algumas das ações sustentáveis na Copa de 2014.


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E vai Brasil !



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