A Copa do Mundo de 2014 está rolando, e faltam apenas 10 dias para
a grande final do maior espetáculo esportivo do mundo. O Planeta Curioso chama sua atenção para o Brasil, que desde o início das obras dos estádios, tem se destacado quando o assunto é sustentabilidade.
Usar a água da chuva para irrigar o gramado, caminhões de limpeza
movidos por biodiesel e energia solar para alimentar os refletores de
iluminação: estas são algumas das práticas sustentáveis que estão sendo usadas
nos estádios da Copa de 2014. O conceito de desenvolvimento sustentável está
nos 12 estádios do mundial, os quais preencheram os requisitos para conseguir o
selo verde de sustentabilidade.
Aqui do lado, uai!
Reformado
para a Copa do Mundo de 2014, o Mineirão foi o primeiro estádio brasileiro a
receber o Selo Platinum do U. S. Green Building Council (USGBC), categoria
máxima na certificação Leadership in Energy and Environmental Design (LEED). A
arena de Belo Horizonte cumpriu oito pré-requisitos e ainda apresentou várias inovações
sustentáveis que não eram exigidas pelo órgão.
O estádio do Mineirão reciclou 90% dos
resíduos gerados durante a reforma. Como a fachada do estádio foi preservada,
deixou-se de produzir bastante entulho. As mais de 50 mil cadeiras foram doadas para ginásios e campos de futebol, toda a parte metálica foi reciclada
alem de ter sido usado um método para reciclar a água usada na obra. As
madeiras retiradas do entorno foram reaproveitadas por artesãos mineiros na
produção de arte popular.
Desde o período de reforma, foi
implantado o sistema de coleta seletiva, utilizada até hoje no dia a dia do
estádio e em dias de jogos. Outra iniciativa em prol do meio ambiente foi a
construção de reservatórios com capacidade de armazenamento de 5 milhões de
litros de água das chuvas. O processo gera uma redução de até 70% no consumo de
água do estádio. O Mineirão conta também com restritores de mictórios,
torneiras e chuveiros, que diminuem o consumo cerca de 10% no volume de água
utilizado nos banheiros.
Além
disso, uma usina fotovoltaica foi instalada na cobertura do estádio, capaz de
captar energia solar e transformá-la em energia elétrica. A iluminação do
estádio tem como características a alta eficiência e o baixo consumo, com
sistema elétrico inteligente.
A usina do Mineirão é, segundo a Cemig, o primeiro empreendimento desse porte no Brasil e a maior instalação de energia solar em operação no país. A construção de todo o sistema é invisível aos olhos do torcedor, respeitando a arquitetura do estádio, que é tombada pelo patrimônio histórico.
"A
certificação do Mineirão com o LEED Platinum é o reconhecimento dos esforços de
todas as instâncias governamentais e de todos os envolvidos na preparação do
Brasil para a Copa do Mundo. Desde o começo das obras, ninguém se descuidou de
trabalhar para que o impacto sobre o meio ambiente fosse minimizado com o maior
uso possível de técnicas de sustentabilidade. O resultado desse esforço é que o
Mineirão é, também, uma enorme usina com cobertura solar, capaz de gerar ate
1,4 MW. Esse mesmo esforço garantiu certificações de sustentabilidade às Fonte
Nova, Arena da Amazônia, Arena Pernambuco, Maracanã e Castelão", afirmou o
ministro do Esporte, Aldo Rebelo.
“Uma das
nossas maiores preocupações sempre foi o compromisso com o meio ambiente, então
fazemos tudo voltado para a eficiência energética e não poluidora. Essa foi uma
vitória, pois o novo Mineirão foi todo pensado em cima da consciência
ambiental”, comemora Otávio Góes , gerente de Tecnologia da Minas Arena,
consórcio responsável pela reforma do Mineirão e pela operação do estádio por
25 anos.
Usina Solar instalada na cobertura do Mineirão.
Edificações Sustentáveis
Hoje o
Brasil já é o quinto país com maior número de projetos de edificações sustentáveis do
planeta. Temos no país um significativo número alcançado dessa certificação
LEED. As novas arenas contribuíram muito para que essa posição de destaque
fosse alcançada.
A LEED
é o selo verde supremo para reconhecer construções sustentáveis. Não é fácil
conquistá-lo. Os critérios exigidos pela USGBC são rígidos e englobam os
parâmetros econômico, social e ambiental. Utilizada em 143 países, essa
certificação avalia, entre outros, detalhes como a minimização de prejuízos
socioambientais no entorno das construções, a economia de água, a utilização de
novos materiais e de fontes de energia alternativas.
“À
medida que os olhos do mundo caem sobre o Brasil, estes projetos estão
demonstrando não só a aplicabilidade e a adaptabilidade do sistema de
classificação do LEED no mundo inteiro, mas também a posição de liderança do
país na vanguarda do movimento para construções sustentáveis de alta
performance”, reconheceu Rick Fedrizzi, CEO e presidente fundador da USGBC,
esta semana.
Para atingir o nível de qualidade desejável foi preciso muito treinamento pessoal envolvido na construção e administração das arenas. Segundo o site da FIFA, um workshop foi lançado em agosto do ano passado para aumentar o conhecimento sobre as operações sustentáveis nas arenas.
Algumas das ações sustentáveis na Copa de 2014.
Clique aqui e encontre mais notícias sustentáveis da copa, através do Portal da Copa.
E vai Brasil !
0 comentários:
Postar um comentário