quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Cantinho da EJ: Jovens têm piora na educação financeira em 2014

            De acordo com a segunda edição do Indicador de Educação Financeira, brasileiros entre 16 e 24 anos tiveram nota abaixo da média e registraram queda em relação a 2013. O IndEF 2014, que trabalha em uma escala de 0 a 10, deu média 6 aos brasileiros, e somente 3% atingiu pontuação maior do que 8. O índice 2014 mostra ainda que o número de pessoas que poupam caiu em todas as classes sociais. Os bancarizados apresentaram maior nível de educação financeira. Com isso, o indicador, o Brasil passa a ser o único país do mundo a ter uma metodologia que permite conhecer e acompanhar o nível de educação financeira da população.
            “Nosso objetivo é mostrar anualmente o nível de educação financeira do brasileiro para apoiar a medição de resultados em empresas, na sociedade civil organizada e junto aos governos, que encaram o grande desafio de educar financeiramente nossos consumidores”, afirma o presidente da Serasa Experian, José Luiz Rossi.
            O Indicador é composto por três subíndices referentes a finanças pessoais e familiares dos brasileiros: o Conhecimento, a Atitude e o Comportamento, tendo cada um deles um peso diferente: Atitude,que  avalia como o entrevistado enxerga a sua relação com o dinheiro (24%);  Conhecimento, avalia o entendimento de conceitos financeiros (26%) e Comportamento que  mede as ações do entrevistado no seu dia a dia- como, por exemplo, se ele gasta mais do que ganha, se guarda dinheiro e se planeja o futuro (50%).

            No IndEF 2014, como em 2013, o subíndice Conhecimento é o que atinge valores mais altos, seguido do Atitude e, por fim, a dimensão Comportamento. 

070820141

A idade é um fator que interfere no IndEF. À medida que as pessoas ficam mais velhas, nota-se uma melhora da educação financeira.

070820143


Veja abaixo como os brasileiros responderam as questões relacionadas ao consumo:

070820144



O indicador também mostra resultados diferentes por classe social, apesar de a variação ter sido pouca – em todas as classes – em relação ao ano anterior

070820146

Número de pessoas que poupam caiu em todas as classes sociais

A educação financeira também continua relacionada com o ato de poupar, embora a nota dada para quem poupou nos últimos doze meses tenha sido um pouco menor que no ano anterior (6,6 em 2014 contra 6,7 em 2013). Esse recuo da educação financeira em 2014 pode ter sido causado por queda na formação de poupança, registrado em todas as faixas de renda: este ano, apenas 57% dos consumidores com vencimentos acima de dez salários mínimos tem poupança, contra 76% em 2013 (uma redução 19 pontos percentuais). A segunda menor queda foi entre as pessoas que ganham na faixa de 5 a 10 salários mínimos, de 59% em 2013 para 45% neste ano (14 pontos percentuais a menos). O percentual também caiu um ponto entre aqueles que ganham até um salário mínimo, ficando com 17%.

070820148

070820149

Analisando os resultados, é notável que, atualmente, no meio acadêmico há uma falta de incentivo e informações sobre o ambiente financeiro, e que há uma ausência de novas ideias, cursos ou até mesmo incentivos financeiros, que caso fossem trabalhados poderiam mudar as estatísticas. O maior problema é refletido nos jovens que não fazem mais o uso da poupança como simples retorno futuro de renda. Uma simples estatística pode ser feita para incentivar o uso do tesouro direto, onde com apenas 5mil reais pode-se ter uma rentabilidade de até 12% ao ano, diferente das poupanças que tem um retorno de aproximadamente 7% ao ano. Assim, vemos a necessidade de mudança dos meios de investimento, pois há meios vantajosos, os quais desconhecemos.


A pesquisa completa do IndEF pode ser acessada neste link: http://serasaconsumidor.com.br/indef/

0 comentários:

Postar um comentário