De
acordo com a segunda edição do Indicador de Educação Financeira, brasileiros
entre 16 e 24 anos tiveram nota abaixo da média e registraram queda em relação
a 2013. O IndEF 2014, que
trabalha em uma escala de 0 a 10, deu média 6 aos brasileiros, e somente 3% atingiu pontuação maior do que
8. O índice 2014 mostra ainda que o número de pessoas que poupam caiu em todas
as classes sociais. Os bancarizados apresentaram maior nível de educação
financeira. Com isso, o indicador, o Brasil passa a ser o único país do
mundo a ter uma metodologia que permite conhecer e acompanhar o nível de
educação financeira da população.
“Nosso objetivo é
mostrar anualmente o nível de educação financeira do brasileiro para apoiar a
medição de resultados em empresas, na sociedade civil organizada e junto aos
governos, que encaram o grande desafio de educar financeiramente nossos
consumidores”, afirma o presidente da Serasa Experian, José Luiz Rossi.
O Indicador é composto
por três subíndices referentes a finanças pessoais e familiares dos
brasileiros: o Conhecimento, a Atitude e o Comportamento,
tendo cada um deles um peso diferente: Atitude,que avalia como o entrevistado enxerga a sua
relação com o dinheiro (24%); Conhecimento, avalia o entendimento de
conceitos financeiros (26%) e Comportamento que mede as ações do
entrevistado no seu dia a dia- como, por exemplo, se ele gasta mais do que
ganha, se guarda dinheiro e se planeja o futuro (50%).
No IndEF 2014, como em
2013, o subíndice Conhecimento é o que atinge valores mais altos, seguido do
Atitude e, por fim, a dimensão Comportamento.
A idade é um fator
que interfere no IndEF. À medida que as pessoas ficam mais velhas, nota-se uma
melhora da educação financeira.
Veja abaixo como os
brasileiros responderam as questões relacionadas ao consumo:
O indicador também
mostra resultados diferentes por classe social, apesar de a variação ter sido
pouca – em todas as classes – em relação ao ano anterior
Número de pessoas que poupam
caiu em todas as classes sociais
A educação financeira também continua relacionada com o ato de poupar,
embora a nota dada para quem poupou nos últimos doze meses tenha sido um pouco
menor que no ano anterior (6,6 em 2014 contra 6,7 em 2013). Esse recuo da
educação financeira em 2014 pode ter sido causado por queda na formação de
poupança, registrado em todas as faixas de renda: este ano, apenas 57% dos
consumidores com vencimentos acima de dez salários mínimos tem poupança, contra
76% em 2013 (uma redução 19 pontos percentuais). A segunda menor queda foi
entre as pessoas que ganham na faixa de 5 a 10 salários mínimos, de 59% em 2013
para 45% neste ano (14 pontos percentuais a menos). O percentual também caiu um
ponto entre aqueles que ganham até um salário mínimo, ficando com 17%.
Analisando os resultados, é notável que,
atualmente, no meio acadêmico há uma falta de incentivo e informações sobre o
ambiente financeiro, e que há uma ausência de novas ideias, cursos ou até mesmo
incentivos financeiros, que caso fossem trabalhados poderiam mudar as
estatísticas. O maior problema é refletido nos jovens que não fazem mais o uso
da poupança como simples retorno futuro de renda. Uma simples estatística pode
ser feita para incentivar o uso do tesouro direto, onde com apenas 5mil reais
pode-se ter uma rentabilidade de até 12% ao ano, diferente das poupanças que
tem um retorno de aproximadamente 7% ao ano. Assim, vemos a necessidade de
mudança dos meios de investimento, pois há meios vantajosos, os quais
desconhecemos.
A pesquisa completa do IndEF pode ser acessada
neste link: http://serasaconsumidor.com.br/indef/
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