O descarte de pilhas e baterias é um
grande problema para a sociedade. No Brasil, são vendidos, em média, 400
milhões de baterias e mais de 1 bilhão de pilhas. E depois de usadas, para onde
vai tudo isso?
Muitos jogam no lixo, causando um grande dano ao
meio ambiente. Também existem os pontos de coleta para reciclagem, mas esses
são raros e, na maioria das vezes, não resta opção e o jeito é descartar no
lixo comum.
Baterias
e pilhas contêm elementos pesados, como níquel, cádmio, chumbo, zinco e
mercúrio, que podem intoxicar o solo, os rios, os vegetais, os animais e os
seres humanos. A pior parte é que o ser humano não metaboliza esses elementos,
que podem casar danos ao sistema nervoso e até câncer.
Infelizmente,
a reciclagem de pilhas e baterias não é muito comum. Isso se deve ao alto custo
do processo. Por exemplo, uma tonelada custa R$990,00, enquanto reciclar uma
tonelada de papel custa R$420,00. Quando recicladas, pilhas e baterias viram
pigmentos que originam a cor dos fogos de artifício, pisos de cerâmica, vidros
e tintas.
A reciclagem passa por alguns
processos:
1.
Sem
plástico
Pilhas e baterias têm uma cobertura plástica, que
é removida e lavada com água para eliminação de metais. Depois da lavagem, a
parte plástica é encaminhada a recicladores especializados no material.
2.
Sem perigo
O que sobra é a parte metálica, que é triturada em
uma máquina até virar um pó cujo pH é neutralizado, tornando-se menos agressivo
a humanos. Então, o pó segue para um filtro em que é prensado e seco.
3.
Com cor
Um
teste identifica o metal predominante na composição da pilha. Isso define a cor
do produto final. Por exemplo, muito níquel significa verde-escuro, enquanto
pouco níquel é verde-claro.
4. Com utilidade
O pó
vai para um forno de temperatura a 1300 °C e vira o produto final: um óxido
metálico inofensivo, pronto para ser vendido à indústria para a fabricação de
fogos de artifício, pisos cerâmicos, tintas e vidros.
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