A falta de água foi o problema ambiental de maior destaque no ano passado, o que está causando muita preocupação e vem gerando muitas discussões sobre o que pode ser feito para a manutenção desse nosso recurso essencial para a vida. Para tentar entender por que chegamos a tal ponto e se
há soluções para esse problema a BBC Brasil publicou uma matéria que mostra outras seis grandes cidades no mundo que
adotaram algumas soluções para a crise de água.
Em Pequim (China), a solução foi a transposição de água. Um projeto gigante vem sendo instalado cujo objetivo é
mover bilhões de metros cúbicos de água, do sul para o norte do país, que é mais árido, ao longo de uma distância superior à que separa o Oiapoque do Chuí (extremos do
Brasil).
Na Austrália a cidade de Perth adotou como alternativa mais viável a dessalinização da água do mar. A
cidade construiu duas grandes estações para remover o sal da água coletada no Oceano
Índico e torná-la potável. Porém essa técnica é criticada por ambientalistas
por ser um processo caro e que demanda muita energia.
Na América do Norte, o governo de Nova York, desde os anos 90 tem tomado como medida preventiva a proteção
dos mananciais. O projeto incluiu aquisição de terras pelo governo nas
nascentes de água, com o objetivo de proteger sua vegetação e garantir que os
lençóis freáticos continuassem a ser alimentados, também tem sido prestada assistência financeira as comunidades rurais nessa região em troca de cuidados com o meio ambiente, e
mitigação da poluição nos mananciais. Com isso, a cidade conseguiu ampliar em
décadas a vida útil de seus mananciais.
Em Zaragoza (Espanha), tem sido feitos projetos de conscientização e metas, feitos
em escolas, espaços públicos e imprensa, pelo uso eficiente da água e o
estabelecimento de metas de redução de consumo. A estratégia incluiu incentivos
para a compra de aparelhos domésticos econômicos (chuveiros, vasos sanitários,
torneiras e máquinas de lavar louça eficientes, cujas vendas aumentaram em
15%); melhoria no uso da água em edifícios e espaços públicos, como parques e
jardins; e cuidados para evitar vazamentos no sistema.
Na Cidade do México, foram feitos investimentos para a descoberta de novos aquíferos. Estão sendo
perfurados poços para não apenas confirmar a existência das fontes subterrâneas
de água, mas também avaliar sua qualidade para consumo humano.
Na Cidade do Cabo (África do Sul), foi feita uma guerra contra o desperdício.
A principal fonte de desperdício eram os encanamentos domésticos, muitos dos
quais deficientes e incapazes de resistir à alta pressão de bombeamento da
água. Um projeto-piloto de US$ 700 mil, iniciado em 2001, funcionou em duas
frentes: a reforma de encanamentos ruins e a redução da pressão da água
fornecida ao bairro, para evitar os vazamentos. Segundo um relatório do governo
da Cidade do Cabo, o projeto custou menos de US$ 1 milhão e o investimento foi
recuperado em menos de seis meses.
Depois de saber um pouco mais sobre essas soluções para enfrentar a falta
d’água, qual você acha que seria viável para adotarmos no Brasil nas diversas regiões
que necessitam de intervenção?
Veja a reportagem completa no link:
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